terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tempo verbal

Queria que hoje as coisas fossem diferentes, sem indiferença! Queria que os olhos não traíssem os desejos da alma, mas que, não fossem eles também, a lâmina crua que atravessa e trespassa e faz sangrar o que sobrou de um outro tempo.
Não se ama porque sim... não se deseja porque sim... não se odeia porque sim... Cada sentimento tem o seu tempo, a sua hora, e uma razão. E foi por alguma razão que se amou, se desejou... Mas não chegou a hora, o tempo nem a razão para se odiar.
E por isso, a indiferença, o frio do olhar e dos gestos ainda não pode ter encontrado o seu tempo... Porque quem ama, quem deseja, não encontra o tempo presente do verbo odiar.

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