terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ao José Luís Peixoto:

Decidi ir espreitar o que se passa no blog do José Luís Peixoto, onde ele dá vazão ao muito que lhe vai na alma.
Li os dois primeiros posts e meia hora depois ainda estava em choque. Ponderei deixar-lhe nos comentários esta mensagem:
"Há meia hora que me sinto uma pouca de trampa, eu que achava que sabia escrever umas coisas. Mas faço a solene promessa de que hei-de continuar a escrever e hei-de escrever tanto que um dia vou ser capaz de escrever como tu. Nem que tenha de ler listas telefónicas para me inspirar, e bulas de medicamentos e embalagens de cereais e pacotes de leite..."
Talvez um dia lá deixe a mensagem. Hoje não! Sinto-me derreada e pequenininha.

Para quem quiser "diminuir-se" :
http://bravonline.abril.com.br/blog/joseluispeixoto/

4 comentários:

  1. Não é que eu tenha vontade de me sentir pequenina, mas deixaste-me com água na boca. Então e o link para o blog do Luís Peixoto?

    Beijocas

    P.S: Parabéns pela sobrinha nova. ;)

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  2. Compreendo-te perfeitamente.
    havemos de recuperar!
    já fui lá agradecer-lhe e desabafar.
    F.

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  3. Finalmente encontro alguém que assume precisamente o que eu sinto quando leio José Luís Peixoto. Ele é sem dúvida o meu autor português preferido. A sua escrita é magistral... e eu tb me sinto muito pequenina quando megulho nas suas palavras... Mas... talvez do nosso caminhar torpe nasçam sombras das suas asas... e assim vamos escrevendo umas coisas...
    Abraço cúmplice
    PS: acho que devia deixar o comentário mesmo... está bastante pertinente! não me importo de subscrever!

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  4. Só para dizer que aceitei a sugestão de visitar o blogue e fui mais corajosa! deixei mesmo o seguinte comentário:
    "Sempre que mergulho nas palavras do José Luís quase se me afoga a vontade tal é a intensidade dos arranjos e composições que lhe dão vida. De vez em quando, na apneia do meu espanto, quase perco a consciência. Não sei que instinto me faz então regressar à tona, para respirar a minha mediocridade, para aceitar que não me são permitidas tão extasiantes manifestações dos sentidos. Mas eis que por vezes uma vaga impertinente surpreende-me quando os meus olhos ainda estão a habituar-se à escuridão que grassa sobre a água. E retorno à submersa claridade da sua luz, onde, amparada por uma palavra solta, me é concedido um segundo de translúcida compreensão. E depois disso... não me lembro de mais nada... Como é possível, se as letras, por si, não passam de toscas sombras de coisa nenhuma? O melhor do mundo para o portador de tão imenso dom... "
    Beijinho e obrigada pela partilha...

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