sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sem ele... com ele

Ele um dia partiu. Sem palavras, sem avisos, sem um sinal. Do mesmo modo que havia chegado e conquistado imensamente o seu espaço, foi embora deixando atrás um vazio. Um vazio imenso que ninguém, tão pouco ela, estava preparado para preencher.
Na ausência de palavras, de confortos ou sinais de que ele voltaria, ela deixou-se ficar parada, imersa no silêncio que ele deixara ao partir. Quis não mais dizer o seu nome ou recordar o seu rosto, mas a cada dia, o cheiro dele não deixava de a inundar…
Sonhou que o esquecera… que a sua partida sem sentido e que a ausência de sinais apagariam o fogo que a consumira durante tanto tempo.
Deixou de acreditar que os seus corpos seriam novamente um só e passou a crer que a fusão e a partilha de longas horas no conforto do corpo um do outro se tinham transformado apenas num ponto distante de uma história antiga de amor.
Guardou as cartas, as memórias, as pequenas coisas que ainda os uniam, no canto mais escondido que a lembrança e o coração permitiram.
E deixou-o no passado! Durante tempos e tempos e tempos… recusando sempre trazê-lo de volta.
E foi feliz! Numa felicidade plena de conquistas e romances. Partilhou com outros o que ele dispensara e foi feliz!
E um dia, sem mais nem porquê, ele surgiu no horizonte e sorriu…
E ela foi feliz!

A nossa praia...

O tempo pode apagar muitas coisas... pode apagar sensações, pode apagar memórias, pode deixar para trás gentes e espaços. O tempo consegue ainda a extraordinária proeza de nos fazer ganhar coisas... experiência, sonhos, rugas.
Deixado algures no tempo, o sentimento pode apagar-se, extinguir-se, esmorecer... ou, recalcado pelo tempo, pode emergir do nada e fazer tremer tudo em seu redor.
Gosto da força do tempo e dos reflexos que em mim produz!
Gosto das sombras que deixa nas nossas vidas e dos passos que deixa marcados nas praias das nossas memórias.
E gosto das memórias que o tempo guarda da nossa vida em alguns areais memoráveis.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

10-10-10

Estou em falta, bem sei... Prometi que voltaria regularmente, mas tenho falhado. Uns dias por pura inércia e inspiração, mas quase sempre por falta de tempo.
O ano de 2010 mostra-se cheio de garra, energia e coisas boas para aproveitar. Provavelmente este será o meu ano, um ano que muito poucos poderão conjugar como eu o conjugo. Este ano celebro o meu aniversário no dia 10, do mês 10, do ano de 2010. Coincidências... Talvez! mas até agora as coisas têm corrido bem!
E para dar conta de que ando animada, ocupada, satisfeita e feliz, passei aqui pelo cantinho para deixar beijinhos e abraços a quem, de alguma forma, possa ter sentido a minha falta.

Nota: Tenho umas coisitas preparadas para os próximos dias, só tenho tido uma imensa preguiça de as passar para o computador.